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Governo considera elevar Auxílio Brasil para conter aumento dos combustíveis

Medida, vista pela equipe econômica como mais efetiva no ponto de vista social, seria possível por novo decreto de calamidade.

governo federal considera elevar as parcelas do Auxílio Brasil para conter os efeitos do aumento dos combustíveis em toda a cadeia econômica. À Jovem Pan, auxiliares do Ministério da Economia afirmaram nesta segunda-feira, 14, que a medida é vista como uma alternativa menos danosa às contas do Executivo e mais efetiva no ponto de vista social do que as propostas de subsídio ou congelamento de preços. O movimento, no entanto, só seria possível com a declaração de um novo estado de calamidade pelo Congresso. A justificativa seria os impactos que a disparada de commodities, principalmente energéticas e agrícolas, em reflexo do conflito no Leste Europeu, têm na economia doméstica. Neste cenário, o teto de gastos — regra que limita as despesas da União —, ficaria suspenso e o governo estaria autorizado a captar recursos extraordinários. Atualmente, 17,5 milhões de famílias recebem o Auxílio Brasil com parcelas mínimas de R$ 400. O valor do acréscimo no benefício ainda não foi discutido pela pasta da Economia.

O Executivo busca soluções mais imediatas para reduzir o preço do litro da gasolina após a aprovação pelo Congresso de medidas que freiam o aumento dos combustíveis. O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou no sábado, 12, que o governo estuda zerar impostos federais sobre a gasolina. O projeto, porém, não vai na direção do acordado pelo time de Paulo Guedes, que cedeu na isenção do Pis/Cofins sobre o diesel, incluído no texto aprovado que muda a tributação do ICMS — de origem estadual. Na visão da equipe econômica, a medida é o suficiente pelo impacto que o aumento do combustível usado pelos caminhões tem sobre diversos outros produtos, visto a dependência da economia brasileira do transporte rodoviário.

Na perspectiva da Economia, qualquer outro movimento feito agora é precipitado em meio às incertezas geradas na guerra na Ucrânia. O principal argumento é o recente arrefecimento do preço do petróleo. Após encostar em US$ 140 no início da semana passada, o barril do tipo Brent — usado como referência pela Petrobras —, recuou para a casa dos US$ 103 nesta segunda-feira. Em meio à volatilidade nos preços internacionais, a Petrobras anunciou na última quinta-feira, 10, reajustes às refinarias sobre os preços da gasolina (18,8%), diesel (24,9%) e gás de cozinha (16,1%).

Fonte: Jovem Pan

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