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Nos EUA, mulher vence a Covid após testar positivo por 335 dias

Paciente é tida como o caso recorde da doença por ter ficado contaminada de forma persistente com o vírus por quase um ano.

Um relato preliminar de uma equipe de médicos e pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (National Institutes of Health, NIH) afirmou ter encontrado o caso mais longo de infecção pelo coronavírus já registrado. A informação é considerada preliminar por ainda não ter sido publicada em revista científica com revisão dos pares.

O caso em questão é de uma mulher com idade na casa dos 40 anos que teve Covid-19 persistente e sintomática por nada menos que 335 dias. O primeiro teste positivo veio em maio de 2020. Após a constatação, ela teve que ser hospitalizada algumas vezes, tendo alta definitiva apenas em março de 2021. O caso aconteceu no estado norte-americano de Maryland.

Ao longo deste período, foram realizados múltiplos testes moleculares, do tipo PCR, que confirmaram a infecção pelo coronavírus, sempre mostrando uma alta carga viral no organismo dela. Os autores da análise publicaram a descoberta na plataforma científica medRxiv, em 5 de outubro.

Os especialistas dizem ter desconfiado que a mulher pudesse ter tido infecções distintas ao longo do tempo e, por isso, fizeram uma análise genômica das primeiras e últimas amostras colhidas. As análises mostraram que o material presente era muito semelhante nos meses iniciais e finais da infecção, o que os cientistas afirmaram ser “indicativo de uma infecção prolongada por 335 dias”.

Os pesquisadores do NIH afirmam no artigo que, enquanto para a maior parte das pessoas o coronavírus se replica por alguns dias, parece haver maior incidência de infecção prolongada em pacientes imunossuprimidos, aqueles com algum tipo de deficiência no sistema imunológico, como foi o caso da paciente, que já estava em remissão de um câncer há três anos.

Em maio de 2020, ela chegou ao hospital com febre, dor de cabeça, congestão nasal e tosse. Uma tomografia do tórax mostrou manchas típicas da Covid-19 no pulmão. Ela piorou e precisou de suplementação de oxigênio, além de antibióticos e da lavagem broncoalveolar.

Um mês depois do diagnóstico, ela teve alta, mas continuou fazendo testes PCR rotineiramente e com diferentes sintomas de vez em quando. Trezentos dias depois, ela foi hospitalizada novamente, quando foi medicada com o antiviral remdesivir e recebeu o tratamento de plasma. Apenas em março de 2021 ela teve alta e, em abril, não apresentou mais testes positivos.

Fonte: Pleno News

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