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Matteus será preso? Ex-BBB é acusado de falsidade ideológica por fraude na universidade

Bastou o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR) confirmar que Matteus, do BBB 24, fraudou o sistema de cotas, para que uma denúncia fosse enviada ao Ministério Público. O documento aponta prática do crime de falsidade ideológica, pede a prisão do gaúcho e também uma investigação na universidade.

A denúncia foi protocolada pelo ativista Antonio Isuperio, que atualmente trabalha em uma instituição internacional de Direitos Humanos. Segundo o colunista Gabriel Perline, da Contigo!, o ativista acionou o Ministério Público apontando que Matteus ingressou na instituição de ensino superior se autodeclarando uma pessoa preta, e que este ato configura uma prática criminosa, tendo em vista que é explícita sua real etnia.

Universidade confirma que Matteus, do BBB 24, fraudou cota racial

Em nota, o Instituto Federal confirmou que Matteus ingressou no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola em 2014. À época, o ex-BBB se inscreveu para as vagas que eram destinadas a candidatos pretos e pardos, de acordo com a Lei de Cotas de 2012.

Em seguida, a universidade justificou a falha no sistema e disse que, naquele momento, a Lei ainda não tinha uma boa estruturação para evitar esse tipo de fraude. Mesmo assim, os editais informavam que esse tipo de ação era passível de penalidade, mesmo após a matrícula.

“Em relação ao ingresso pelas cotas, é importantíssimo ficar claro que, naquela época, de acordo com a Lei de Cotas de 2012, o único documento exigido para a inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato”, disse a nota.

Mesmo com essa definição, a investigação, por parte da universidade, só poderia ser iniciada a partir de uma denúncia formal na ouvidoria. No entanto, o Instituto Federal revelou que não recebeu qualquer tipo de denúncia sobre o ex-BBB à época.

Atualmente, a Política Nacional de Cotas recebeu ajustes e aperfeiçoamentos. Por isso, a instituição revelou que, neste momento, utiliza de mecanismos para evitar novas fraudes. Além de uma heteroidentificação, ou seja, uma identificação feita por outra pessoa, há, também, uma comissão interna que “atua em todos os processos de seleção dos estudantes”.

Fonte: PopLine

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