Nesta segunda-feira (15), Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, liberou o relatório final sobre o acidente que resultou no falecimento da Marília Mendonça. O material aponta que o julgamento feito pelo piloto contribuiu para a queda da aeronave.
O relatório confirmou que não houveram falhas mecânicas na aeronava onde a cantora estava com alguns membros da sua equipe. No entanto, o material divulgado pela Cenipa apontou que algumas decisões do piloto contribuiram para o acidente.
“No que diz respeito ao perfil de aproximação para pouso, houve uma avaliação inadequada acerca de parâmetros da operação da aeronave, uma vez que a perna do vento foi alongada em uma distância significativamente maior do que aquela esperada para uma aeronave de “Categoria de Performance B” em procedimentos de pouso sob VFR”, apontou o relatório.
Além disso, o documento constatou que o avião estava em uma altitude mais baixa do que o indicado. “Foi constatada a possibilidade de que a tripulação da aeronave PT-ONJ estivesse com a atenção (visão focada) direcionada para a pista de pouso em detrimento de manter uma separação adequada com o terreno em aproximação visual”.
O piloto, inclusive, tinha indicações de utilizar lentes corretoras (óculos) de acordo com a Inspeção de Saúde (INSPSAU) feita em 2020. “Ele estava saudável física e mentalmente, considerado apto para o exercício de atividade aérea, com a indicação de fazer uso de lentes corretoras (H52.2 – Astigmatismo). Não foi possível confirmar se ele fazia uso de lentes corretoras no momento do acidente“, explicou o relatório.
O relatório ainda detalhou o que causou o acidente. Segundo o material, a colisão da aeronave contra o cabo para-raios acabou arrancando “o motor esquerdo de sua fixação, ainda em voo, e ocasionou a total perda de controle da aeronave”. O relatório final sobre o acidente de Marília Mendonça já está disponível.
Fonte: PopLine