Entidades internacionais elaboraram novas normas para participação em competições.
A Federação Internacional de Natação (Fina) e a União Ciclística Internacional (UCI) divulgaram novas normas envolvendo a participação de atletas transexuais em competições femininas. Os regulamentos trazem mais restrições sob a justificativa de evitar a disparidade de forças entre as esportistas.
Segundo informações são do jornal Gazeta do Povo, a Fina, que regulamenta natação, polo aquático, nado artístico e saltos ornamentais, determinou que o limite máximo de testosterona no plasma de atletas transgênero a ser permitido será de 2,5 nmol/L. Esse é o nível encontrado em 99,99% da população feminina.
Além disso, só poderão participar das competições pessoas trans que passaram pela transição de gênero antes dos 12 anos de idade ou antes do estágio 2 da Escala de Tanner, indicador que mede o desenvolvimento sexual. A entidade afirma que o período de puberdade leva a diferenças no corpo de homens e mulheres que resistem à transição.
– [A transição] eliminará alguns, mas não todos os efeitos da testosterona na estrutura corporal, função muscular e outras determinantes de performance, mas haverá efeitos persistentes que darão a atletas transgênero “masculino-para-feminino” (mulheres transgênero) uma vantagem competitiva relativa sobre mulheres biológicas – diz o texto do novo regulamento.
A entidade não descartou, contudo, a ideia de criar uma categoria mista, com atletas que topem participar independente do sexo biológico ou do estado de transição.
A UCI, por sua vez, também decidiu reduzir o nível de testosterona permitido no plasma pela metade: de 5 para 2,5 nmol/L. Ademais, a organização aumentou de 12 para 24 meses o tempo de transição antes de competir nas categorias femininas.
– As últimas publicações científicas demonstram claramente que o retorno dos marcadores de capacidade de resistência ao “nível feminino” ocorre dentro de seis a oito meses sob baixa testosterona no sangue, enquanto as esperadas adaptações na massa muscular e força/potência muscular demoram muito mais, dois anos no mínimo – diz o documento elaborado pela entidade.
Fonte: Pleno News