No acumulado de janeiro e dezembro foram criados 64.703 empregos formais na região. Somente em Campinas foram 22.365.
Na Região Metropolitana de Campinas foram criados, no acumulado de 2021, 64.703 postos de trabalho com carteira assinada, o equivalente a 1.653,87% acima dos 4.164 eliminados no acumulado de 2020. Os setores de maior destaque foram a Indústria de Transformação (13.163), os Serviços (31122), o Comércio (12.675), a Construção Civil (7.002) e a Agropecuária (741) que, juntos, geraram 64.703 postos, o que representa 100% de toda a criação de empregos formais do ano de 2021. A avaliação é do Departamento de economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) a partir de dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Já, em Campinas, também no acumulado do ano passado, foram criados 22.365 postos, 491,96% acima dos 5.706 eliminados no acumulado de 2020. Os destaques foram: Serviços (14.656), Comércio (3.651), Construção Civil (2.212), Indústria de Transformação (1.758) e Agropecuária (88) que, somados, foram responsáveis por 22.345 postos, 100,0% de toda geração de 2021.
Avaliando apenas o mês de dezembro de 2021, foram eliminados 7.360 postos de trabalho na RMC e 1.887 postos, em Campinas. A cidade foi a que mais admitiu em dezembro (13.814). Em seguida, aparecem Indaiatuba (2.821) e Americana (2.523). Entre os municípios que menos admitiram estão Morungaba (71), Engenheiro Coelho (85) e Santo Antônio de Posse (210).
Quando comparada a estimativa do índice de desemprego na RMC com a População Econômica Ativa (PEA), as cidades da região que registraram o maior volume de postos de trabalho formais, em 2021, foram: Campinas (367.650), Americana (72.081) e Indaiatuba (69.309). Já os municípios com maior número de mão de obra informal foram: Campinas (320.447), Sumaré (130.689) e Hortolândia (101.923).
O economista e diretor da ACIC, Laerte Martins, observa que, mais uma vez, no período acumulado do ano, houve geração positiva de postos de trabalho em Campinas e Região, apesar da eliminação das mais de 7 mil vagas em dezembro. “Friso, apenas, que a qualidade do emprego tem ficado aquém das especificações e necessidades da mão de obra procurada e que o rendimento médio salarial está em queda, em função do efeito da pandemia”, afirma Martins.
De acordo com o economista, apesar da imunização contra a Covid evoluir positivamente, as injunções econômicas estão provocando uma elevação da taxa de inflação e da taxa de juros. Somam-se a isso, as crises energética e hídrica e a desvalorização do Real frente ao Dólar, que contribuíram para reduzir as pretensões de recuperação do Emprego e Renda para 2021. “Para 2022, a incerteza na geração de Emprego e Renda continua em função, principalmente, da instabilidade econômica e do efeito das eleições presidenciais de outubro e menos devido à pandemia”, diz Laerte Martins.
Em nível nacional, segundo o Novo Caged, em dezembro de 2021, foi registrado um saldo negativo de 265.811 postos de trabalho, resultantes de 1.437.910 admissões e de 1.703.721 desligamentos. No acumulado do ano até dezembro de 2021 foi registrado um saldo de 2.730.597 empregos que, quando comparado com o acumulado de novembro de 2021, mostra uma redução de 8,76% de postos de trabalho formal. “Avaliando os números nacionais entre dezembro e novembro de 2021, verifica-se uma redução de 182,01% nos volumes, em todos os segmentos, com a Indústria apresentando a maior queda (1.225,68%), seguida da Construção Civil com (516,76%), enquanto que a Agropecuária apresenta uma perda menor (52,09%).
Fonte: Comando Noticia