Em reunião na manhã desta segunda-feira (31), a Conmebol avaliou propostas e definiu Brasil como nova sede do torneio.
O anúncio foi feito após encontro do conselho da entidade, no Paraguai. No noite do domingo (30), a Argentina abriu mão de sediar o torneio em razão do recrudescimento da pandemia de Covid-19 no país.
A mudança na sede não foi o primeiro obstáculo para esta edição do torneio. Inicialmente, a competição estava prevista para acontecer tanto na Argentina quanto na Colômbia.
As coisas começaram a degringolar no último dia 20 de maio, quando a entidade anunciou a retirada da Colômbia como sede.
A seleção brasileira, inclusive, faria sua estreia na Copa América contra a Venezuela, em solo colombiano, no dia 14.
A Conmebol, no último dia 20, chegou à conclusão de que o país, agitado por protestos sociais, não reunia condições de receber as partidas do torneio.
A decisão foi anunciada um dia depois de uma grande manifestação contrária à Copa América, em Bogotá. “Se não há paz, não há futebol”, dizia a frase exibida em cartazes e também pichada nas paredes do estádio El Campín, um dos campos que receberia jogos do torneio.
A Colômbia vive um ambiente de acentuada tensão social, com protestos contra uma reforma tributária proposta pelo governo.
A repressão policial teve momentos pesados, e os conflitos resultaram em dezenas de mortos.
Dez dias após a retirada da Colômbia como sede, foi a vez da Argentina. O governo argentino se adiantou ao comunicado oficial da entidade sobre a não realização da competição em seu território.
O ministro do Interior da Argentina, Wado de Pedro, afirmou que o país deixaria de ser a sede do torneio devido à situação da pandemia. “Estamos muito preocupados não apenas com Buenos Aires, mas com as outras capitais que seriam sede do torneio e que estão com uma situação epidemiológica complicada.”
Após o anúncio da suspensão, no domingo, a Conmebol afirmou que analisaria as ofertas de outras sedes possíveis.
Os Estados Unidos eram vistos como uma alternativa, mas foram descartados por questões logísticas. Não haveria tempo de expedir vistos para todas as delegações. Ainda existiria problemas por causa da situação da pandemia em território sul-americano. No país da América do Norte, cerca de 40% da população já está imunizada, um enorme contraste com os países ao Sul.