Dados serão submetidos à Anvisa ainda hoje para que os estudos clínicos comecem já em abril.
O governador do Estado de São Paulo, João Doria, ao lado do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou a primeira vacina contra Covid-19 desenvolvida e produzida nacionalmente. A entidade vai pedir ainda nesta sexta-feira, 26, autorização da Anvisa para dar início aos testes da fase 1 e 2 da Butanvac, como o imunizante foi batizado, já em abril. De acordo com Doria, os testes pré-clínicos se mostraram extremamente promissores. A fase 3, que mede a eficácia, só pode ser realizada posteriormente.
Dimas Covas completou dizendo que a tecnologia a ser usada é igual a da vacina da gripe, amplamente conhecida pela comunidade científica. Isso pode possibilitar, por exemplo, que menos doses podem ser suficientes para imunizar a população. A nova vacina será protocolada no sistema a Organização Mundial de Saúde ainda nesta sexta. O Butantan também firmou o compromisso de fornecer o imunizante, além do Brasil, para países de média e baixa renda. Hoje o Instituto é parceiro do laboratório chinês Sinovac na produção da CoronaVac, mas a capacidade de produção é limitada — assim como a Fiocruz, em relação à vacina da Oxford/AstraZeneca.
No caso da Butanvac, o Instituto paulista será o principal desenvolvedor do consórcio — o que o dá o direito de produzir cerca de 85% do total das doses. Os testes clínicos também serão feitos nos dois outros países participantes do consórcio: Vietnã e Tailândia. A Butanvac vai usar o vírus inativado em sua composição e, segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, a previsão é que, com os resultados positivos, o Instituto produza 40 milhões de doses ainda esse ano, a partir de maio.
Fonte: Jovem Pan