O governo estadual anuncia nesta quarta-feira (24) novas medidas para conter o avanço da pandemia do coronavírus em São Paulo, em meio a aumento de internações em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e cidades decretando lockdown para evitar colapso na saúde, como Araraquara.
A tendência é que o Estado endureça as regras do Plano São Paulo para tentar conter a disseminação do novo coronavírus e recue regiões paulistas para a fase vermelha, a mais restritiva do plano.
Com o início de uma queda na quantidade de casos confirmados e de internações, ainda que com os indicadores num patamar elevado, o Vale do Paraíba deve ficar de fora do recrudescimento e permanecer na fase laranja. Há quem torça para a região avançar à fase amarela, o que permitira menos restrições. Mas também há o risco de retornar à fase vermelha. A indicação será do Centro de Contingência.
Formado por 20 médicos e especialistas, o grupo recomendou novas restrições para o governo estadual, como antecipou o coordenador-executivo, João Gabbardo na última segunda-feira, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
“O Centro de Contingência apresentou recomendações extraordinárias. O governo está fazendo a análise, preparando atos do ponto de vista jurídico e essas medidas serão anunciadas na quarta-feira (24) para entrar em vigor na sexta-feira (26)”, disse Gabbardo no mesmo dia em que o Estado registrou o recorde histórico de 6.410 pessoas internadas em UTI.
E completou o médico: “São recomendações que vão tratar da redução de mobilidade, que é o que a gente pode fazer para reduzir a transmissibilidade. Independente da variante, a forma de reduzir é a mesma”.
Segundo Gabbardo, a permanência de pacientes na UTI tem sido maior, o que explica o número de internados “bem acima da expectativa de quando analisamos os dados de novas internações”.
No último final de semana, Araraquara entrou em lockdown na tentativa de conter o avanço da doença. Por dois dias, os moradores só puderam sair de casa para buscar atendimento médico, comprar medicamentos ou trabalhar em serviços essenciais.
Fonte: O Vale