Plataformas não teriam justificado os motivos para banirem as contas “Bolsonéas”
Em despacho assinado na quinta-feira (23), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) deu um prazo de cinco dias para que as redes sociais Facebook, Instagram e Twitter se manifestem sobre a exclusão dos perfis de Leonardo Rodrigues de Barros Neto, de 33 anos, responsável pelas contas “Bolsonéas”, e que também administrava os perfis pessoais “Léo Bolsonéas” nas redes.
As contas foram removidas no dia 8 de julho, em uma ação independente das próprias redes, que excluiu, além da página de Leonardo, um grupo de contas de apoio ao presidente Jair Bolsonaro com o argumento de que elas seriam consideradas falsas e ligadas a gabinetes de parlamentares próximos à família Bolsonaro.
O despacho desta quinta-feira foi da 5ª Vara Cível de Nova Iguaçu, Região Metropolitana do Rio, assinado pela juíza Alessandra Ferreira Mattos Aleixo. No documento, a magistrada afirma que Leonardo atuava “divulgando suas próprias fotos em participações em eventos e manifestações, sem ocultar sua identidade ou se envolver em publicações com caráter difamatório, injurioso ou mesmo fake news”.
Juntas, as contas “Bolsonéas” tinham mais de 1,5 milhão de usuários. Leonardo foi funcionário do gabinete de Alana Passos (PSL), deputada estadual do Rio de Janeiro, do qual está desligado desde o início do ano. Ele comemorou a decisão da Justiça e afirmou que está otimista com a chance de recuperar os perfis.
– No início, muita gente disse que era censura. Eu mesmo disse isso na época, no calor do momento, mas não quero seguir nessa. Eu sou temente a Deus e quero acreditar que tenha sido um engano. Meus perfis não são ofensivos, não atacam ninguém. Eles se dedicam a exaltar o governo, as boas notícias e as realizações. Sempre preferi ir por essa linha – declarou.
Fonte: Pleno News