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Cinema – Resenha: Transformers: O Início

Resenha por Douglas Campagnol

Ficha Técnica:

Título: Transformers: O Início (Transformers One)

Duração: 1h 44min

Direção: Josh Cooley

Roteiro: Gabriel Ferrari, Andrew Barrer

Elenco Principal: Keegan-Michael Key, Chris Hemsworth, Brian Tyree Henry

Gênero: Ação, Animação, Ficção Científica

Ano de Lançamento: 2024

Distribuição: Paramount Pictures

Resenha:                      

Essa semana eu fui assistir Transformers: O Início no Topázio Cinemas, e confesso que cheguei com uma expectativa alta, mesmo sabendo que se tratava de uma animação. Afinal, o universo de Transformers já é algo tão grande e estabelecido que parecia natural querer ver um filme no estilo live-action. No entanto, ao longo do filme, percebi que, na verdade, essa escolha pela animação faz todo o sentido. Tentar construir o universo complexo de Cybertron em live-action seria quase impossível, principalmente pelo nível de detalhes e de imersão que o filme traz. O resultado? Uma animação que enche os olhos, com uma história que prende do início ao fim e surpreende em sua profundidade.

Se você é fã de Star Wars, vai reconhecer algumas semelhanças aqui. Assim como a trilogia prequel de George Lucas explorou a origem de Darth Vader, Transformers: O Início faz algo semelhante ao nos contar como Optimus Prime e Megatron, que eram quase irmãos, acabaram se tornando inimigos mortais. A trama se desenrola no planeta Cybertron, sem interferências humanas, o que já diferencia o filme das produções anteriores da franquia. E ao invés de cair no clichê de batalhas entre robôs gigantes, o filme nos leva por uma jornada emocional, explorando a amizade e a tragédia entre Orion Pax (nome verdadeiro de Optimus Prime) e D-16 (Megatron), dublados com maestria por Chris Hemsworth e Brian Tyree Henry.

A história é rica em mitologia e construção de universo. O roteiro de Gabriel Ferrari e Andrew Barrer é simplesmente sensacional, nos levando a entender a complexidade da hierarquia social de Cybertron, as motivações de cada personagem e como tudo começou. Assim como Professor X e Magneto em X-Men, temos aqui uma dinâmica de resistência pacífica versus retaliação violenta. Optimus Prime e Megatron têm visões diferentes sobre o futuro de Cybertron, e essa divergência é o que desencadeia a guerra entre Autobots e Decepticons. É uma narrativa poderosa que deixa vários pontos abertos para uma continuação – o que, diga-se de passagem, eu já estou torcendo para que aconteça!

Em termos visuais, Transformers: O Início é um espetáculo. A animação é brilhante, com um design que mistura o artificial com o orgânico de uma forma que nunca vimos nos filmes anteriores. Josh Cooley, que já nos encantou com Toy Story 4, faz um trabalho primoroso ao dar vida ao mundo de Cybertron. Os robôs têm características próprias, desde a armadura até os poderes, e tudo isso é transmitido com uma clareza incrível. A atenção aos detalhes na animação faz com que cada cena seja memorável. É o tipo de filme que você quer assistir várias vezes, só para absorver tudo o que está acontecendo na tela.

E mesmo sendo uma animação, não se engane – esse é um filme que agrada tanto adultos quanto crianças. Há algo para todos. O roteiro é envolvente e dinâmico, e a ação é perfeitamente equilibrada com os momentos de desenvolvimento de personagem. É uma daquelas animações que vão além do simples entretenimento infantil e tocam em temas profundos, como lealdade, traição e a luta por ideais.

Um ponto importante a destacar é que, diferentemente dos filmes live-action da franquia dirigidos por Michael Bay, este filme não se concentra tanto nas explosões e batalhas sem sentido. Ele se preocupa em contar uma história e em criar um universo com personagens complexos. A animação aqui não é um simples recurso estético – ela é uma ferramenta que permite explorar a mitologia de Transformers de uma forma que os filmes anteriores nunca conseguiram. Isso, para mim, faz toda a diferença.

Curiosidades:

– O filme marca a estreia de Josh Cooley na direção da franquia Transformers, depois de vencer o Oscar por Toy Story 4.
– Chris Hemsworth dá voz a Orion Pax, o nome verdadeiro de Optimus Prime, mostrando a origem do líder dos Autobots.
– Brian Tyree Henry, conhecido por seus papéis em Atlanta e Joker, empresta sua voz a Megatron, criando um vilão com camadas emocionais profundas.

Conclusão e Nota:

Transformers: O Início é uma verdadeira obra-prima da animação e, sem dúvida, uma das melhores entradas da franquia até hoje. Com uma história envolvente, personagens memoráveis e um universo visualmente deslumbrante, o filme mostra que ainda há muito a ser explorado no mundo de Transformers. A decisão de focar na animação foi acertada e permitiu que o filme fosse além do simples espetáculo visual, entregando uma narrativa rica e emocionante.

Nota: ★★★★★
Por quê? Cinco estrelas porque este filme realmente eleva o nível da franquia Transformers. É uma animação que tanto fãs antigos quanto novos vão adorar, com uma história bem desenvolvida e visualmente impactante.

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