Resenhado por Douglas Campanhol
Alien: Romulus (2024)
Direção: Fede Alvarez
Elenco: Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux, Isabela Merced, Spike Fearn, Aileen Wu
Gênero: Terror, Ficção Científica
Duração: 120 minutos
Nota: ⭐⭐⭐⭐ (4 estrelas)
Você já se perguntou o que acontece quando uma franquia de peso decide voltar às raízes? Pois bem, “Alien: Romulus” chega com a promessa de resgatar o que fez a franquia famosa: aquele terror claustrofóbico e sufocante que te faz suar frio na poltrona do
cinema. Mas, será que ele entrega tudo isso? Vamos descobrir!
Logo de cara, somos levados a uma estação espacial abandonada onde um grupo de jovens colonos resolve meter o nariz onde não deve. E já sabemos que isso nunca termina bem, né? A atmosfera é tensa, com aquele ar de ‘a qualquer momento vai dar ruim’, e os cenários são bem no estilo “Alien”: corredores escuros, barulhos sinistros e a constante sensação de que tem algo te espiando. Fede Alvarez, o cara por trás do remake de “Evil Dead”, usa e abusa dessas características para criar uma atmosfera que faz o coração acelerar.
Agora, um detalhe que vai dividir a galera: os xenomorfos. Eles estão lá, prontos para o ataque, mas… não tão ameaçadores como a gente esperava. Às vezes, dá a impressão de que eles estão mais lentos e passivos, como se estivessem tirando um cochilo antes de atacar. E quando finalmente atacam, acabam sendo derrotados por personagens que, sinceramente, não parecem ter a mínima experiência em combate. Cadê aquele medo visceral que os xenomorfos sempre nos causaram?
A trama, apesar de trazer referências e homenagens aos clássicos da franquia, não se sustenta só na nostalgia. A relação entre os personagens principais, especialmente entre Rain e o androide Andy, é o que dá um pouco de alma ao filme. Andy, interpretado por David Jonsson, é um destaque. Ele consegue ser empático e sinistro ao mesmo tempo, e isso dá uma complexidade interessante à história.
Mas nem tudo são flores. O final do filme tenta surpreender com uma criatura que parece uma versão mal feita do Newborn de “Alien: A Ressurreição”. E vou te falar, não dá o mesmo impacto. É aquele tipo de cena que te faz pensar: “Sério que eles acharam que isso ia funcionar?”.
Apesar desses tropeços, “Alien: Romulus” é um bom retorno à franquia. Não é o melhor, mas também está longe de ser o pior. Ele consegue misturar a tensão do primeiro filme com a ação de “Aliens: O Resgate”, e isso já vale o ingresso. Mas fica aquele gostinho de que poderia ter sido ainda melhor, especialmente para quem é fã de carteirinha.
Então, se você está afim de um terror no espaço, com direito a sustos, sangue e um pouco de nostalgia, “Alien: Romulus” pode ser uma boa pedida. Só não vá esperando os xenomorfos mais assustadores da franquia.
Nota: ⭐⭐⭐⭐ (4 estrelas)
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