Resenhado por Douglas Campanhol
Gênero: Suspense, Horror | Duração: 1h 30min | País de Origem: Estados Unidos | Ano de Lançamento: 2024
Nota: 2 estrelas
Direção: Joshua John Miller, M.A. Fortin | Roteiro: M.A. Fortin, Joshua John Miller
Elenco: Russell Crowe, Ryan Simpkins, Chloe Bailey
Título original: The Exorcism
“O Exorcismo 2024”
Russell Crowe de volta ao exorcismo? Só que desta vez, não como um padre, mas como um ator tentando reviver sua carreira enquanto encara seus próprios demônios pessoais. Promissor, né? Só que nem tanto…
A ideia do filme é até legal: Crowe interpreta Anthony Miller, um veterano de Hollywood que já enfrentou de tudo, de abuso de drogas a traumas passados. Agora, ele se vê escalado para o papel de um padre em um filme de exorcismo, e é aí que as coisas começam a ficar estranhas. A promessa de uma trama que mistura realidade e sobrenatural parecia ter tudo para funcionar, mas, infelizmente, o roteiro e a direção acabaram derrapando feio.
O filme, dirigido por Joshua John Miller, tem um início que prende a atenção, mas rapidamente se perde. É como se tivessem preparado um banquete e, na hora de servir, esqueceram o prato principal. A trama começa a se atropelar, e você percebe que o ritmo, as transições de cena e até o desenvolvimento dos personagens não estão à altura da ideia inicial. Parece que a greve dos roteiristas pesou, e o roteiro acabou saindo cru.
Apesar de todos esses tropeços, não dá para negar: Russell Crowe entrega uma atuação impecável. Ele carrega o filme nas costas, e é um prazer vê-lo em cena, mesmo quando o roteiro falha. E tem mais: a trilha sonora e os efeitos sonoros são pontos altos, criando um clima de suspense e tensão que, por alguns momentos, te fazem esquecer das falhas narrativas. A combinação de luz, som e sustos é bem interessante e dá um gás ao filme, que, sem isso, teria afundado ainda mais.
Curiosidades e Notícias:
Joshua John Miller, o diretor, é filho de Jason Miller, o eterno Padre Karras de “O Exorcista” (1973). Legal, né? Essa ligação direta com um clássico do terror criou grandes expectativas, mas, infelizmente, não foi o suficiente para salvar “O Exorcismo 2024”. Além disso, o filme que Anthony Miller (Crowe) estrela dentro do filme se chama “The Georgetown Project”, uma referência direta às locações de “O Exorcista”. Seria uma homenagem interessante se o roteiro tivesse explorado melhor esses elementos.
Opinião da platéia
Yves e Eduardo, que também estavam na sala de cinema durante a estreia de O Exorcismo 2024, compartilharam suas impressões sobre o filme. Enquanto Yves achou a trama um tanto confusa e já esperava que o filme não entregaria uma experiência completa, Eduardo destacou a qualidade das atuações, afirmando que os atores realmente se dedicaram aos seus papéis. Ambos concordaram que, embora o filme não provoque sustos, ele possui alguns pontos positivos, como a iluminação, os efeitos sonoros e a atmosfera criada.
Opinião do Yves:
“O filme me pareceu bastante confuso. Desde o trailer, já imaginava que não seria uma produção que entregaria tudo o que prometia. Não é aquele tipo de filme que você sai da sala impressionado, sabe? Não dá muitos sustos, não te deixa com medo. No entanto, gostei muito dos efeitos sonoros e da iluminação. Essa parte foi bem feita e curti bastante.”
Opinião do Eduardo:
“As atuações dos atores são muito boas. Dá para perceber que eles realmente entraram no personagem, o que torna o filme interessante por esse aspecto. No entanto, o filme tem muitos cortes, o que dificulta entender 100% da trama. Assim como o Yves, achei que a iluminação e os efeitos sonoros foram bem feitos e ajudaram a criar uma boa atmosfera.”
Conclusão:
No final das contas, “O Exorcismo 2024” tinha potencial, mas acabou sendo uma grande decepção. As boas atuações, a trilha sonora e alguns sustos bem orquestrados não conseguem salvar o filme de um roteiro e direção fracos. Para os fãs de Russell Crowe, pode valer a pena assistir só para ver o veterano em ação. Mas se você espera um filme de terror de arrepiar, melhor procurar em outro lugar.
Nota: ⭐⭐ (2 estrelas)