Músico é acusado de antissemitismo e antissionismo, ao inflamar ainda mais suas declarações contra o Estado de Israel.
A Bertelsmann Music Group (BMG) irá romper do seu contrato com Roger Waters (foto), o baixista e cantor que é um dos fundadores da banda Pink Floyd. O anúncio ocorre em um momento que o cantor é acusado de antissemitismo e antissionismo, ao inflamar ainda mais suas críticas ao Estado de Israel e a guerra do país contra o Hamas na Faixa de Gaza.
A informação foi revelada pelo portal norte-americano Variety, que indicou que as escaramuças com o artista já vinham de algum tempo. O selo, que havia adquirido os direitos sobre o catálogo do cantor em 2016, planejava lançar uma versão revista do disco Dark Side of The Moon no ano passado, no aniversário de 50 anos da obra.
Os comentários de Waters sobre Israel e a invasão russa na Ucrânia — que ele já disse não ter ocorrido sem provocação de Kiev — teriam feito a gravadora a rever a ideia, em uma incomum manobra. Agora, suas falas sobre a guerra de Israel devem levar ao rompimento completo do contrato. (A Sony, que tem os direitos sobre o catálogo da banda, lançou uma versão própria).
Waters já indicava saber do seu destino dentro da gravadora. Em uma entrevista em novembro passado, ele já indicava que ele seria demitido por causa de seus comentários de natureza política sobre Israel.
O músico britânico esteve em turnê pela América do Sul no final de 2023, onde seus comentários sobre Israel geraram inclusive dores de cabeça logística. Sua equipe passou a ser recusada por hotéis de países como Uruguai, Argentina e Colômbia, que não gostariam de ver sua imagem associada com as críticas do baixista.
Waters, que é um fervoroso defensor da causa palestina, disse à época que isso ocorria “porque o lobby israelense ou o que quer que eles se chamem me cancelaram”. Ele passou a se hospedar em São Paulo, ficando hospedado na cidade, indo à Montevidéu e Buenos Aires apenas para o show.
Ao mesmo tempo, suas visão sobre Israel acusa Tel Aviv de “assassinar os oprimidos por 75 anos”. Ao jornal argentino…
Fonte: O Antagonista