Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) em greve correm o risco de perder o semestre letivo e até mesmo o lugar na instituição se não retornarem às aulas na próxima semana. Essa medida afeta os alunos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), as únicas que ainda estão paralisadas. A informação foi confirmada pela Universidade e divulgada em um comunicado interno enviado aos estudantes pela Pró-Reitoria de Graduação.
De acordo com o g1, alunos da Universidade de São Paulo (USP) que ainda permanecem em greve podem perder o semestre e até a vaga na instituição caso não retornem às aulas na próxima semana.
A medida atinge os estudantes da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), as duas que ainda seguem paralisadas.
A informação foi confirmada pela Universidade e divulgada em comunicado interno enviado pela Pró-Reitoria de Graduação aos estudantes.
Alunos alegam que Reitoria descumpriu acordo
Os alunos alegam que a Reitoria descumpriu um dos itens da negociação, que era a não-prática de represálias políticas aos estudantes envolvidos nas mobilizações.
“Isso significa que todos os ingressantes irão perder a vaga na universidade, já que não é permitido haver reprovação em todas as matérias em nenhum semestre do primeiro ano. Além disso, essa resolução já implica na reprovação de todos os alunos que eventualmente faltaram, por qualquer motivo, em alguma aula antes da paralisação”, dizem os grevistas.
Paralisação começou em setembro e tem adesão de diversos cursos
A paralisação começou no dia 21 de setembro e teve adesão de diversos cursos. Um grupo de docentes também apoiou o pleito dos estudantes.
Entre as principais demandas, os alunos da universidade pedem a contratação imediata de professores. Desde 2014, este é o menor número de docentes ativos na universidade – 5.190 até agosto deste ano, segundo dados da Pró-Reitoria.
Alunos alegam que demandas não foram atendidas
Os estudantes alegam que as demandas ainda não foram atendidas pela reitoria, apesar das inúmeras reuniões realizadas, para que a paralisação seja encerrada.
“O instituto precisa da contratação de 51 professores para completar o quadro, e a reitoria se propôs a repor apenas as aposentadorias dos últimos 4 anos, o que significa contratar apenas 3 professores, sem resolver o problema.”
“O alunos do curso de Obstetrícia estão demorando um ano a mais para conseguir se formar, pois não tem professores para darem as aulas de estágio. Também não conseguimos uma reformulação no auxílio para permanência estudantil, que exigimos pois este ano 38 alunos tiveram seus auxílios cortados sem aviso prévio, por conta de erros da faculdade e mudanças no programa.”
O que diz a USP
Em nota, a Universidade afirmou que foi divulgado na semana passada um comunicado sobre o calendário acadêmico, que não foi alterado, e será encerrado no dia 22 de dezembro.
De acordo com o texto, um comunicado às Escolas e Faculdades reitera esse calendário e informa que, caso as Unidades mantenham a paralisação por mais esta semana (totalizando seis semanas de paralisação), os alunos poderão ser reprovados por falta.
“Por enquanto, não há nenhuma unidade nessa situação (que tenha completado seis semanas de paralisação). Por ora, as que ainda persistem com paralisação é parte da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH)”, encerra a nota.
Fonte: Gazeta Brasil