Pesquisas realizadas pela farmacêutica apontam que os soros de indivíduos que receberam duas aplicações exibiram, em média, uma redução de mais de 25 vezes nos títulos de neutralização contra nova cepa.
A Pfizer anunciou na manhã desta quarta-feira, 8, que três doses da sua vacina contra a Covid-19 são capazes de neutralizar a variante Ômicron, descoberta pela primeira na África do Sul. O esquema vacinal primário do imunizante demonstrou títulos de neutralização significativamente reduzidos no combate à nova cepa. O estudo aponta que a dose de reforço, no entanto, aumenta os títulos de anticorpos neutralizantes em 25 vezes em relação às duas doses.
“Os soros de indivíduos que receberam duas doses da vacina exibiram, em média, uma redução de mais de 25 vezes nos títulos de neutralização contra a variante Ômicron em comparação com o coronavírus original, indicando que duas doses podem não ser suficientes para proteger contra a infecção com a nova variante”, explica a farmacêutica. “Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra doenças graves causadas pela cepa Ômicron, é claro a partir desses dados preliminares que a proteção é melhorada com uma terceira dose de nossa vacina”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.
“Garantir que o maior número possível de pessoas estejam totalmente vacinadas com as duas doses e uma de reforço continua a ser o melhor curso de ação para prevenir a propagação da Covid-19”, completa Bourla. A Pfizer, em parceria com a BioNTech, ressalta que as empresas continuarão a coletar mais dados de laboratório e avaliar a eficácia no mundo real para avaliar e confirmar a proteção contra o Ômicron. Em 25 de novembro, uma fórmula da vacina específica contra a Ômicron começou a ser desenvolvida.
De acordo com a farmacêutica, os primeiros lotes da vacina à base de Ômicron podem ser produzidos e estão planejados para estar prontos para entrega em 100 dias, dependendo da aprovação regulamentar. “A Pfizer e a BioNTech também testaram outras vacinas específicas de variantes, que produziram títulos de neutralização muito fortes e um perfil de segurança tolerável. Com base nessa experiência, as empresas têm grande confiança de que, se necessário, podem fornecer uma vacina à base de Ômicron em março de 2022”, finaliza o comunicado.