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Venezuela vai cortar 6 zeros da moeda para conter hiperinflação

País vai sofrer terceiro corte de zeros na moeda em menos de 15 anos.

Na tentativa de conter a inflação galopante dos últimos anos e estabilizar a economia nacional, a Venezuela vai cortar seis zeros do bolívar, moeda nacional, a partir de outubro, conforme anunciou o Banco Central da Venezuela (BCV). A reconversão monetária, terceira em 15 anos, também trará como novidade a implantação do bolívar digital – moeda digital, sem versão física.

O anúncio foi feito pelas autoridades venezuelanas nesta quinta-feira (5) e entrará em vigor no dia 1º de outubro. Na mesma data do lançamento da moeda digital, começarão a circular também as novas notas impressas, nos valores de 5, 10, 20, 50 e 100 bolívares, e uma moeda de 1 bolívar, informou o ministro.

A medida era esperada por especialistas em meio a uma espiral inflacionária que fechou, em 2020, com 2.959,8% da inflação acumulada e, em 2019, com 9.585,5%, segundo dados do BCV. A decisão também visa “facilitar” o uso do bolívar, atingido por uma inflação acumulada de 264,8% entre janeiro e maio.

Na Venezuela, o dinheiro em bolívares é escasso e é comum ver longas filas nos bancos. O bolívar acabou sendo substituído pelo dólar, que se tornou a moeda de fato no país. É cada vez mais comum que os preços de qualquer comércio sejam refletidos em dólares e que os pagamentos sejam feitos em moeda estrangeira.

Em 2007, a Venezuela passou por um primeiro processo de reconversão com a eliminação de três zeros da moeda que se tornou o forte bolívar, no governo de Hugo Chávez. Em 2018, ocorreu outro processo, conduzido pelo presidente Nicolás Maduro, que culminou com o nascimento do atual bolívar soberano, que retirou outros oito zeros da moeda.

Fonte: Pleno News

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