O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), nascido em Salto e criado em Indaiatuba ,que um dia já foi apoiador do presidente Jair Bolsonaro, decidiu, de última hora, fazer um “show” no Plenário da Câmara dos Deputados na noite de segunda-feira (1°), ao registrar uma suposta “candidatura de protesto”, que conquistou a famigerada marca de dois votos.
Em um discurso completamente acusatório contra o governo durante o posicionamento de sua candidatura, Kim Kataguiri (DEM-SP) afirmou que disputava a presidência da Câmara na forma de uma candidatura de protesto com pauta única: a defesa do impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Kataguiri também usou o espaço para acusar Bolsonaro de trair os eleitores, mas utilizou alegações que já foram explicadas pelo presidente da República, sobre as despesas pagas com o cartão corporativo e a extinção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
– [Bolsonaro] dobrou os gastos com cartão corporativo, sugeriu a extinção do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] para proteger a si mesmo e à família – acusou.
Sem uma plataforma clara para ser presidente da Câmara e com o discurso raso de ataques, Kataguiri recebeu apenas dois votos, ficando na penúltima colocação entre os oito candidatos. Em último, ficou o General Peternelli (PSL-SP), que recebeu um único voto.
O deputado federal Arthur Lira (Progressistas) foi eleito presidente da Câmara. Ele recebeu 302 votos e levou a disputa no primeiro turno. Por maioria, os deputados decidiram colocar um investigado por corrupção — em dois processos no STF — na segunda posição da linha sucessória da Presidência da República.
Baleia Rossi ficou em segundo, com 145 votos, e Fábio Ramalho, com 21 votos. Em seguida, Luiza Erundina (16), Marcel van Hattem (13), André Janones (3) e Kim Kataguiri (2).