Análise preliminar foi feita com base em 95 infecções entre os voluntários.
Estudos preliminares divulgados na manhã desta segunda-feira (16) mostram que a potencial vacina da Moderna contra a Covid-19 tem cerca de 94,5% de eficácia na prevenção do novo coronavírus. O imunizante está na terceira fase dos testes clínicos, a última antes do aval das agências reguladoras para ser aplicada na população. A Moderna é a segunda empresa norte-americana a mostrar resultados que vão além das expectativas nos últimos dias. A análise preliminar foi feita com base em 95 infecções por Covid-19 entre os voluntários que receberam o imunizante ou placebo. Desse número, apenas cinco tinham tomado a vacina — que foi administrada em duas doses no intervalo de 28 dias. Os dados do ensaio, feito com 30 mil pessoas, também mostrou que ela previne de casos graves. Desses 95 infectados, 11 tiveram a Covid-19 na forma mais agressiva — e todos receberam placebo.
Na semana passada, a Pfizer também mostrou dados preliminares que indicam 90% de eficácia do seu imunizante produzido em parceria com a BioNTech. Agora, os dois imunizantes são cotados para uso emergencial nos Estados Unidos já em dezembro com 60 milhões de doses disponíveis. Para 2021 são esperadas mais de um bilhão de doses nos EUA considerando apenas os dois fabricantes — o que é mais do que necessário para os 330 milhões de locais.
As notícias chegam em um momento importante, já que os Estados Unidos voltou a enfrentar um aumento disparado dos casos de Covid-19 e a Europa já tomou medidas de bloqueio tentando evitar uma segunda onda ainda pior do que a primeira. A principal vantagem da vacina da Moderna frente a da Pfizer é que ela não precisa de armazenamento ultrafrio — o que torna a distribuição mais simples. Enquanto a da Moderna precisa estar na temperatura de geladeira padrão (entre 2º C e 8º C) por 30 dias e pode ser armazenada em -20º C por até 6 meses, a da Pfizer deve ficar em -70º C a maior parte do tempo.
Fonte: Jovem Pan