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Biólogo que “previu” 1 milhão de mortes tenta justificar erro

Número apontado por Átila Iamarino é mais de 11 vezes maior que o total atual de óbitos

Inúmeras previsões quanto aos números da pandemia de Covid-19 foram feitas desde que a doença começou a se espalhar pelo mundo e chegou ao Brasil. Uma delas, porém, ganhou fama por apresentar um resultado, no mínimo, absurdo. Estamos falando das 1 milhões de mortes “previstas” pelo biólogo Atila Iamarino.

Em março, ao comentar o estudo do Imperial College, universidade de Londres que motivou as medidas de isolamento pelo mundo, Iamarino chegou a estimar que o Brasil poderia alcançar a marca de 1 milhão de mortos até o mês de agosto caso não tomasse os devidos cuidados com a pandemia.

Porém, faltando menos de uma semana para que agosto inicie, o Brasil tem 87 mil óbitos, número que é inferior a 10% do estimado pelo biólogo há quatro meses. Na última quinta-feira (23), em uma tentativa de, talvez, justificar o erro grosseiro, Atila afirmou que 98% das pessoas ficariam curadas sem precisar usar qualquer medicamento.

– Sem intervenção farmacológica (sem tratamento com remédio), a mortalidade da COVID é por volta de 0,5 a 2%. O que quer dizer que, mesmo se as pessoas fossem tratadas com jujubas, 98% se curariam. Ou seja, não vai faltar história de alguém que foi curado tomando alguma coisa – escreveu.

A justificativa “estranha” do biólogo, porém, não passou despercebida. O jornalista conservador Ed Raposo, por exemplo, acusou Átila de praticar “charlatanismo adaptável” e afirmou que “em um país sério, ele [Átila] seria preso”.

– Em outras palavras, esse facínora inventou números alarmantes sobre o covid, propagou o terrorismo psicológico, e agora que suas previsões esdrúxulas se provam um engodo ele tenta justificá-las se utilizando de qualquer coisa minimamente crível que encontre pelo caminho – completou.

Fonte: Pleno News