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Covid: OMS admite evidências de transmissão pelo ar

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu nesta terça-feira (7) que há a possibilidade de transmissão aérea da Covid-19, e afirmou que as medidas de prevenção já recomendadas estão mantidas.

– Temos conversado sobre a possibilidade de transmissão pelo ar e transmissão por aerossol como uma das modalidades de transmissão da Covid-19 – admitiu a chefe do Departamento de Doenças Emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove.

O órgão, no entanto, afirmou que ainda são evidências e que não é uma conclusão definitiva.

– Sobre a possível transmissão aérea há novas evidências, mas não definitivas, e essa possibilidade é vista especialmente em condições muito específicas, como lugares com muitas pessoas e pouca ventilação – explicou a especialista Benedetta Allegranzi, da Unidade Global de Prevenção de Infecções da OMS.

Allegranzi respondeu a uma carta publicada na segunda-feira no jornal The New York Times por 239 cientistas. O texto cobrava mais seriedade da OMS para a hipótese de transmissão por via aérea do coronavírus, enfatizando que os padrões de distância social são insuficientes.

A especialista acrescentou que a OMS continua recomendando evitar reuniões em locais fechados e a participação em eventos com grande número de pessoas, além de manter condições de ventilação adequadas, distanciamento social e o uso de máscaras.

A chefe do Departamento de Doenças Emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove, disse que muitos dos signatários da carta são especialistas com os quais a agência vem trabalhando há vários meses.

Kerkhove acrescentou que muitos dos signatários são engenheiros, cuja contribuição pode ser muito importante, especialmente na adoção de medidas de ventilação de recintos.

Embora a OMS considere que a principal transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 é através de pequenas gotículas (expelidas pelos doentes, por exemplo, quando tossem ou espirram), Kerkhove disse que outros meios de transmissão, inclusive de animais para humanos e de mãe para filho durante a gravidez, ainda estão sendo estudados.

 

Fonte: Pleno.News